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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Plano Habitacional e Sustentabilidade

Ao se projetar uma habitação, é necessário aproveitar ao máximo as condições bioclimáticas e geográficas locais, estimular o uso de construções de baixo impacto ambiental, garantir a existência de áreas permeáveis e arborizadas, adotar técnicas e sistemas que propiciem o uso eficiente de água e energia, bem como realizar a adequada gestão de resíduos. A habitação também deve ser duradoura e adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários, criando um ambiente interior saudável e proporcionando saúde e bem-estar aos moradores.
Com o Selo Casa Azul CAIXA, busca-se reconhecer os projetos de empreendimentos que demonstrem suas contribuições para a redução de impactos ambientais, avaliados a partir de critérios vinculados aos seguintes temas: qualidade urbana, projeto e conforto, eficiência energética, conservação de recursos materiais, gestão da água e práticas sociais.

Temos todos os instrumentos jurídicos, urbanísticos e programáticos para melhoramos a criação de nossos novos BAIRROS e não de novos empreendimentos imobiliários!

Planejamento Urbano e Habitacional Sustentáveis



O notável aparecimento de loteamentos em Botucatu exige a criação de um Plano Urbanístico capaz de proporcionar autonomia aos novos bairros. Essa é a tese que venho defendendo para tentar consolidar um crescimento organizado e planejado para a Cidade.

 Esta questão foi tema do requerimento nº 1211/2011. Entre os preceitos desse Plano Urbanístico está a descentralização comercial do Município. Exemplifico a questão apontando o caso da Vila dos Lavradores [conhecida como "Bairro"] – região na qual seus moradores não precisam se dirigir ao Centro da Cidade para realizarem compras, pagamento de contas, acesso aos equipamentos públicos, trabalho, entre outros serviços restritos à região central.

 Essa estrutura proporciona uma série de benefícios à população, entre eles a não exigência de veículos para deslocamento que, por consequência, contribui para o Meio Ambiente. Essa perspectiva de planejamento urbano é o início de um círculo virtuoso de melhoria na qualidade de vida da população. 

Tenho estimulado o debate sobre a necessidade de criação de um Plano Urbanístico para Botucatu, especificamente no caso dos novos loteamentos oriundos do “Programa Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal – os Residenciais Santa Maria I e o Maria Luiza, este último ainda em construção e que contará com cerca de 800 novas residências.
 Na somatória habitacional resultante dos referidos residenciais e bairros adjacentes serão cerca de 7 mil botucatuenses. Os munícipes terão de se deslocar ao Centro da Cidade para qualquer atividade cotidiana. Um possível aumento demasiado na demanda do Posto de Saúde da região e a falta de vagas em creches e escolas também me preocupam. 

Dentro dessa perspectiva, defendo que um urbanismo harmônico e planejado deve contemplar três pilares: habitação, trabalho e lazer. Esse é o modo mais correto e moderno para organizar a cidade, de forma que cada região seja independente. O caso dos residenciais Santa Maria I e Maria Luiza, essa discussão já está atrasada. No prazo de, no máximo, seis meses os novos moradores já ocuparão suas casas, sem equipamentos públicos suficientes e estrutura comercial que proporcione independência ao bairro em relação ao Centro da Cidade. Em razão desta perpectiva, sugeri uma área existente entre os loteamentos para implantação desse espaço com esta concepção através da criação de um Plano Urbanístico Misto que preveja a instituição de bolsões de prestação de serviços urbanos, sociais, comércio e lazer em cada novo loteamento de Botucatu. Temos que acelerar este processo para reverter futuros prejuízos na organização urbana e consequentemente na qualidade de vida dos cidadãos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mais uma denúncia de obra sem licenciamento da CETESB em área da APA

Pedreira ao pé da Cueta de Botucatu (Vitoriana)

Nessa semana chegou ao Blog Botucatu Sustentável a solicitação da publicação de mais uma denúncia de que a regional da CETESB de Botucatu novamente está permitindo o funcionamento de uma empresa em Área da APA Botucatu sem o necessário licenciamento.

Desta vez trata-se de uma pedreira em Vitoriana (Rodovia Alcides Soares km 10 – estrada vicinal Botucatu/Vitoriana ), a "Pedreira de Botucatu".

Segundo a denúncia de moradores da região, para que o funcionamento dessa pedreira pudesse estar ocorrendo com respeito às normas ambientais, seria necessária antes uma avaliação técnica de impacto ambiental do Conselho Gestor da APA Botucatu e o respectivo licenciamento para funcionamento só seria dado após esse parecer.

Porém isso não ocorreu ( aliás, tal qual na questão dos Galpões de Ração Total na Rodovia Gastão dal Farra em frente ao Bairro Demétria) e as autoridades municipais mais uma vez não intercederam.

Nos próximos dias iremos à Agência Ambiental Botucatu pedir vistas a esse processo e quando tivermos maiores informações traremos aqui aos leitores do Blog.

A ilusão do jogar fora

A economia praticada por nós é a do descarte e do desperdício.

Ainda acreditamos que podemos jogar fora alguma coisa num sistema fechado como a Terra!


Toda sujeira que fazemos volta-se contra nós.



Em todas as últimas gestões da prefeitura municipal de Botucatu, o destino dado aos resíduos sólidos tem sido um problema recorrente.
Em detrimento da qualidade sócio-ambiental da cidade, os interesses comerciais das empresas terceirizadas para esse serviço, sempre se sobrepuseram aos da sociedade civil.

Entra prefeito... Sai prefeito...E a demanda de usinas de reciclagem não é atendida!
A diretiva lixo mínimo do Projeto Município Verde Azul ainda está lonje de ser satisfatória em nosso município.

No último orçamento participativo (para a gestão municipal de 2012)  a região Sul da cidade, reunida no bairro Roseira, trouxe como uma de suas demandas a imediata construção de uma Usina de Reciclagem de Lixo nessa região.


sábado, 17 de setembro de 2011

Como anda a questão do LIXO EM BOTUCATU (1)


Começamos uma série de artigos que abordará a questão do LIXO EM BOTUCATU
Milênio novo, novo século, agenda nova.
A Agenda 21,  é uma plataforma de esperança para o século XXI. Em síntese, a Agenda 21 é a carta da sustentabilidade, seja para a espécie humana, seja para o ecossistema planetário.
Em seus capítulos 19 a 22 ela aborda diferentes classes de rejeitos da atividade humana; porém, o capítulo 21 dedica-se particularmente aos resíduos sólidos, em busca de soluções para esse problema tão avassalador para a sociedade e o Poder Público, pois começa em nossas casas e não termina no destino final. Além disso, em seu capítulo 4º, ela preconiza a mudança de padrões de consumo, porque, tanto quanto a produção, o consumo também deve ser sustentável.
Ora, a sustentabilidade tem alguns aspectos curiosos que raramente passam pela consciência do cidadão no seu dia-a-dia. Quando se afirma que o consumo deve ser sustentável, dois aspectos, entre vários outros, são considerados. Primeiramente, a mudança de hábitos de consumo influirá na demanda e, por conseguinte, na produção de bens e serviços. Isto poupará à Terra o esforço enorme de fornecer sempre mais recursos e matérias-primas. E o Planeta agradece! Mas, em segundo lugar, o consumo sustentável reduzirá incalculavelmente a produção de rejeitos, contribuindo para aliviar a Terra de tão grande quantidade de embalagens e outros resíduos, de lixo, enfim, e o Planeta agradece ainda mais…
Uma pergunta, cuja resposta não pode ser dada agora, sem mais nem menos: o que causa maior dano ao ecossistema planetário, a excessiva demanda de recursos ou o excesso de rejeitos que o Planeta não pode receber nem processar, e muito menos absorver? Eis uma questão séria, sujeita a investigações científicas e pesquisas técnicas. É, sem dúvida, uma pergunta que deveria incomodar-nos muito em nossos hábitos cotidianos, quase automáticos e inconscientes.
Desde logo, a solução da problemática do lixo passa por muitas fases e formas. Contudo, começa pelo esforço em diminuir a geração do lixo. Depois, pode-se falar em reúso, em reciclagem, na compostagem do lixo orgânico, na incineração de resíduos hospitalares e outros igualmente perigosos. E que dizer de resíduos execrados, como o lixo atômico? São aspectos que parecem muito distantes de nós; mas não obstante essa ilusão, constituem problemas que nos afetam direta ou indiretamente. O lixo é tema para uma verdadeira “revolução cultural”. Mais ainda, tornou-se uma questão de consciência.
Está em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei que deverá – esperamos todos- converter-se numa Política Nacional de Resíduos Sólidos. Há necessidade de que os cidadãos se manifestem a respeito, pressionem democraticamente os nossos legisladores e neutralizem os lobbies que representam interesses escusos. É hora e vez dos eleitores, do imperativo da cidadania.
Vale lembrar, também, que problemas relacionados a lixo podem ser contemplados pela Lei dos Crimes Ambientais, conforme a modalidade e a gravidade das infrações. Administrativamente, tanto na esfera federal quanto nas esferas estaduais e municipais, leis e outras normas contemplam a problemática dos resíduos e impõem sanções.
Sem dúvida, o imperativo legal é necessário, às vezes indispensável. Mas, há também outro imperativo que deve comandar-nos nas soluções individuais e coletivas para os problemas do lixo, sejam eles graves ou leves, cotidianos ou ocasionais: é o imperativo ético, ou seja, a consciência de nossa responsabilidade (pessoal e social) com referência à geração e ao destino do lixo. Sem dúvida, a Educação Ambiental tem papel importantíssimo neste assunto.
Queremos e pleiteamos qualidade de vida? É justo. No entanto, é preciso querer e pleitear sustentabilidade. É justo, necessário, inadiável. Qualidade de vida e sustentabilidade nos dizem respeito. Em qual delas vamos apostar? Com qual delas vamos nos comprometer? Ora, a escolha é livre, sim, mas ambas são necessárias.
Decida-se, cidadão amigo!
Édis Milaré
Promotor de Justiça;
Procurador de Justiça do Estado de S.Paulo
Fonte:
http://www.lixozero.com.br/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Veja o vídeo institucional do Programa Cidades Sustentáveis

Programa Cidades Sustentáveis é lançado em São Paulo


Para incentivar o desenvolvimento sustentável urbano, foi lançado hoje (19/08/11) o Programa Cidades Sustentáveis, pelo Instituto Ethos, Rede Nossa São Paulo e Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. A proposta é aplicar a sustentabilidade nos âmbitos econômicos, sociais e ambientais, através do envolvimento entre organizações sociais, cidadãos, governos e empresas.
O programa oferece a Plataforma Cidades Sustentáveis, que é uma agenda para a sustentabilidade das cidades que aborda as diferentes áreas da gestão pública, assim como indicadores para desenvolvimento, execução e avaliação de políticas públicas. Conta também com um banco de dados de boas práticas de sustentabilidade urbana nacionais e internacionais.
A grande pressão social estará nos candidatos das eleições de 2012. Quando um candidato assina a Carta Compromisso do programa, estará concordando com as ferramentas propostas. Se for eleito, deverá incorporar a sustentabilidade nas políticas públicas da cidade, assim como prestar contas das ações desenvolvidas por meio de relatórios que indiquem os avanços de cada um dos 12 eixos.
São 12 eixos temáticos de Indicadores de Sustentabilidade Urbana que fazem parte do programa: governança, bens naturais, justiça social e cultura de paz, gestão local para sustentabilidade, planejamento e desenho urbano, cultura, educação e qualidade de vida, economia dinâmica, consumo responsável, melhor mobilidade e ação social para a saúde
“Deve-se superar o discurso fácil que está na boca dos prefeitos e parlamentares sobre sustentabilidade. Há uma grande distância entre o discurso e prática”, ressalta Nabil Bonduki, secretário nacional do ambiente urbano durante o lançamento. É importante que a sociedade cobre de seus políticos a assinatura da Carta Compromisso e monitore o que estará acontecendo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Perímetro da APA Botucatu


APA - Perímetro Botucatu possui uma área de 218.306 ha, contendo parte dos territórios de 9 municípios: Angatuba, Avaré, Bofete, Botucatu, Guareí, Itatinga, São Manuel, Pardinho e Torre de Pedra.

Pertence à UGRHI 10 (Sorocaba Médio Tietê) e 14 (Alto Paranapanema). Este perímetro envolve a região da Serra de Botucatu, no reverso da Custa e ao sul, faz divisa com a represa de Jurumirim, marco na paisagem local e elemento indutor do turismo na região. Nele ainda são encontrados importantes remanescentes da vegetação nativa da Mata Atlântica e Cerrado, hoje refúgios da fauna local.

Este perímetro envolve a região da Serra de Botucatu, no reverso da Cuesta e ao sul, faz divisa com a Represa de Jurumirim, marco na paisagem local e elemento indutor do turismo na região.

Decreto Estadual Nº 20.960, de 8 de junho de 1983.

Declara área de proteção ambiental a regiões situadas em diversos municípios, dentre os quais Corumbataí, Botucatu e Tejupá 

ANDRÉ FRANCO MONTORO, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e com fundamento no artigo 8.º, da Lei Federal n.º 6.902, de 27 de abril de 1981, e no artigo 9.º, inciso VI, da Lei Federal n.º 6.938, de 31 de agosto de 1981, e considerando:
que as áreas objeto deste decreto apresentam um conjunto de condições ambientais que ainda preservam elementos significativos da flora e da fauna;
que as “cuestas” nelas contidas constituem-se num impotante divisor de águas, nascendo em suas encostas muitos rios e várias fontes hifrotermais de importância econômica e medicinal;
que estas áreas ainda não foram atingidas pelas industrias, prevalecendo nelas as atividades do setor primário e terciário;
que o conjunto paisagístico por elas formado, além dos seus valores ambientais intrínsecos, constitui-se em anfiteatros naturais de grande beleza cênica;
que o estágio adiantado dos estudos desenvolvidos pelas Universidades da região, pela comunidade local e por diversos técnicos da Secretaria Escpecial e do Meio Ambiente, do Ministério do Interior, possibilitam o início dos trabalhos normativos na área.

Decreta:

Artigo 1.º - Declara área de proteção ambiental regiões situadas em diversos municípios, dentre os quais Corumbataí, Blotucatu e Tejupá, comprendida nos perimetros descritos nos anexo I, II e III, tespeitados, no que couber, as respectivas legislações municipais.

Artigo 2.º - Os anexos a que se refere o artigo 1.º, deste decreto, descrevem as zonas de vida silvestre.
§ 1.º - Compreendem também a zona de vida silvestre todos os remanescentes da flora e da fauna existentes nos três perímetros desta
área de proteção ambiental e as áreas definidas como de preservaçào permanente pelo Código Florestal.

Artigo 3.º - Na zona de vida silvestre não será permitida nenhuma atividade degradadora ou potencialmente causadora de degradaçào ambiental, inclusive o porte de armas de fogo, o de artefatos ou de instrumentos de destruição da natureza.

Artigo 4.º - A implantação da área de proteção ambiental de que trata este decreto será coordenada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiental, em colaboração com os órgãos e entidades da Administração estadual centralizada e descentralizada ligados á preservação ambiental, com a Secretária Especial do Meio Ambiente do Ministério do Interior, com os Executivos e os Legislativos dos municípios, com as Universidades da regiões e com a comunidade das localidades.

Artigo 5.º - Na implantação da área de proteção ambiental serão aplicadas as medidas previstas na legislação e poderão ser celebrados convênios visando a evitar ou impedir exercício de atividades causadoras de degradação da qualidade ambiental.

Parágrafo único - Tais medidas procurarão impedir, especialmente:


I - a implantação de atividades potencialmente poluidoras, capazes de afetar mananciais de águas, o solo e o ar;

II - a realização de obras de terraplanagem e a abertura de canais que importem em sensivel alteração das condições ecológicas, principalmente na zona de vida silvestre;


III - o exercício de atividades capazes de provocar acelerada erosão das terras ou acentuado assoreamento nas coleções hídricas;

IV - o exercício de atividades que ameacem extinguir as espécies raras da flora e da fauna local.

Artigo 6.º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 8 de junho de 1983.
ANDRÉ FRANCO MONTORO

APA - Corumbataí - Botucatu - Tejupá

Criada em 1983, a APA Corumbataí/Botucatu/Tejupá engloba uma área total de 6.492 km2, sendo subdividida em três perímetros distintos. Corresponde à faixa das cuestas basálticas, desde as cabeceiras do rio Mogi-Guaçu até a divisa do Estado de São Paulo com o Paraná, às margens do rio Paranapanema, no Planalto Ocidental Paulista e Depressão Periférica


ATRIBUTOS AMBIENTAIS PROTEGIDOS:

Além das cuestas basálticas, outros atributos, como os "morros testemunhos" , os recursos hídricos superficiais e o aqüífero Guarani, os remanescentes de vegetação nativa e o patrimônio arqueológico motivaram a criação desta APA.




PERÍMETRO DE BOTUCATU

Localização Municípios de Itatinga, Bofete, Botucatu, Avaré, Guareí, Porangaba, São Manuel, Angatuba e Pardinho
Área 218.306,00 ha
Criação
Decreto Estadual n° 20.960, de 8 de junho de 1983

Este Perímetro envolve uma área localizada na Serra de Botucatu, no reverso da cuesta basáltica, entre os rios Tietê e Paranapanema.

O relevo das cuestas é uma das feições mais marcantes da região e resulta do trabalho contínuo de erosão sobre o solo, formando grandes plataformas rochosas que se destacam nos vales suaves ao seu redor.

Ao sul, faz divisa com a Represa de Jurumirim, marco na paisagem local e elemento indutor do turismo na região.

As formações de cuestas, pela fragilidade de seus solos, e os mananciais que abastecem de água a região, constituem os atributos naturais que merecem proteção, acrescido da presença do aqüífero Guarani (Botucatu-Pirambóia), considerado o segundo maior do mundo e com excelente padrão de potabilidade, responsável pelo abastecimento de muitas cidades do Centro-Oeste paulista. Nesse Perímetro encontra-se ainda um dos mais importantes sítios arqueológicos do Estado, o Abrigo Barandi, no município de Guareí, com registros pré-históricos com cerca de 6 mil anos. Seu centro urbano relevante é a cidade de Botucatu, pólo comercial e tecnológico regional, onde está instalado o campus da Universidade Estadual Paulista - Unesp.



Conceito de APA

Unidade de conservação destinada a proteger e conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes, para a melhoria da qualidade de vida da população local e para a proteção dos ecossistemas regionais.
O objetivo primordial de uma APA é a conservação de processos naturais e da biodiversidade, orientando o desenvolvimento, adequando as várias atividades humanas às características ambientais da área.

Podem ser estabelecidas em áreas de domínio público e/ou privado, pela União, estados ou municípios, não sendo necessária a desapropriação das terras. No entanto, as atividades e usos desenvolvidos estão sujeitos a um disciplinamento específico.

Podem abranger em seu interior outras unidades de conservação, bem como ecossistemas urbanos, e propiciar experimentação de novas técnicas e atitudes que permitam conciliar o uso da terra e o desenvolvimento regional com a manutenção dos processos ecológicos essenciais. Toda APA deve ter zona de conservação de vida silvestre (ZVS), onde será regulado ou proibido o uso dos sistemas naturais.

É uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. ¹

As APAs constituem uma importante categoria de unidade de conservação, apesar da complexidade das relações políticas, econômicas e sociais presentes nas áreas, que podem abranger mais de um município. O Projeto² identificou que as APAs podem se tornar importantes instrumentos de planejamento regional, integrando as populações e as técnicas adequadas de manejo, independentemente de limites geográficos dos municípios, promovendo um novo estilo de desenvolvimento.

Fonte:http://www.fflorestal.sp.gov.br/apasConceito.php


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Bacia do Capivara e o futuro de Botucatu

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O Capivara, além de ter potencial turístico, "também é visto pela SABESP e pela CATI como uma alternativa de abastecimento para a cidade, diante da exiguidade da água disponível no rio Pardo, atual manancial de abastecimento.
O rio Pardo, cujas nascentes encontram-se no vizinho município de Pardinho, passa
10km ao sul da cidade, mas alguns afluentes nascem dentro do perímetro urbano.
Deve-se salientar ainda que as alternativas de captação em Botucatu são restritas,
pois a cidade se encontra em uma área muito alta (850m de altitude em média),
rodeada por territórios mais baixos (550m de altitude em média), o que implica em
grande acréscimo no custo de captação se for necessário buscar água dos cursos
d´água das regiões mais baixas. O rio Pardo e o alto rio Capivara são as duas
alternativas que se encontram nas terras mais altas." (Toledo Piza)

Leia mais detalhes sobre esse assunto aqui:http://www.fca.unesp.br/pos_graduacao/Teses/PDFs/Arq0556.pdf

Veja no Mapa abaixo os Limites da Bacia do Rio Capivara e sua relação com as principais rodovias do Município:
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Minha Casa Minha Vida - Projeto Santa Maria 1

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O Programa Minha Casa Minha Vida é um programa do Governo Federal em parceria com os estados e municípios, gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela CAIXA. O objetivo do Programa é a produção de unidades habitacionais, que depois de concluídas são vendidas sem arrendamento prévio, às famílias que possuem renda familiar mensal até R$1.395,00.
O bairro Santa Maria 1 é o primeiro projeto do programa Minha Casa Minha Vida implantado em Botucatu, cidade que possui um deficit habitacional de 10 mil moradias. Com 407 unidades residenciais, o projeto habitacional está localizado às margens da Rodovia Gastão Dal Farra e, segundo dados da Secretaria de Habitação, possui 1593 habitantes.
Como na maioria dos municípios brasileiros, o projeto que prioriza suprir o déficit habitacional e o aquecimento da economia, não incluiu em seu planejamento a paralela construção dos necessários equipamentos públicos para atender a população, tais como escolas, creches, postos de saúde, centros comunitários, gerando a superlotação dos equipamentos existentes nas redondezas, um bolsão de exclusão e um problema social gravíssimo pela potencialização dos problemas que decorrem da concentração de um grupo grande de pessoas de alta vulnerabilidade social no mesmo espaço territorial.
Para refletir sobre o assunto e buscar soluções, o Fundo Social de Botucatu reuniu hoje representantes das Secretarias Municipais de Habitação, Assistência Social, Descentralização, Planejamento e Educação, DRADS e CRAS. Também estiveram presentes o vereador José Eduardo Bittar e representantes do Bairro Demétria.
Dentre as diversas propostas que surgiram após ampla reflexão, está a de um projeto multidisciplinar voltado para as crianças e adolescentes, a ser apresentado ao CMDCA. Novo encontro para dar prosseguimento às ações ficou marcado para o dia 3 de agosto.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Erosão ocasionada pelas obras do Parque Tecnológico de Botucatu

Foto tirada de dentro do carro para se observar a proximidade com a estrada
Há vários meses que as obras de terraplanagem para a contrução do Parque Tecnológico de Botucatu provocam erosão na beira da Rodovia Gastão Dal Farra. Esse fato vem causando deslocamento de lama para a estrada sempre que chove e vários acidentes com os carros que diariamente transitam na estrada já aconteceram em decorrencia disso. Dois deles, com perda total dos veículos. Até agora, além das precárias fitas plásticas de sinalização, nenhuma medida saneadora foi tomada.

No entanto, o Prefeito João Cury, na ocasião da assinatura do convênio com o Governo do Estado afirmou:“Fizemos o projeto com nossa equipe, não contratamos nenhuma empresa ou consultoria, como a grande parte das cidades faz. A equipe de projetos da Prefeitura [de Botucatu] é altamente capaz, gerando economia, e dá agilidade aos processos”.

Há baratos que saem bem caros para os bolsos da população!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Flagrante desrespeito ao Plano Diretor Participativo de Botucatu

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Um abaixo assinado com mais de 2.000 assinaturas solicitando o congelamento da macrozona de uso rural sustentável margeando a Rodovia Gastão Dal Farra e o embargo provisório da construção de um galpão industrial para distribuição de rações transgênicas na mesma rodovia foi entregue hoje, dia 12 de julho de 2011, ao prefeito de Botucatu, João Cury, por uma delegação de 30 moradores do Bairro Demétria.

A razão do embargo solicitado é o flagrante desrespeito ao Plano Diretor de Botucatu, aprovado em 2007 e atualmente em fase de regulamentação, onde se prevê que as áreas próximas à Cuesta, no local em que se desenvolvem as obras do galpão, por suas características de fragilidade ambiental, sejam reservadas para preservação ambiental com uso restrito para atividades agrícolas, culturais, educacionais e turísticas.  O local é rico em mananciais de água e fica próximo a diversos monumentos naturais de relevante interesse turístico e a pequenas propriedades onde se pratica agricultura orgânica.

Os trabalhos de terraplenagem iniciados para construção do galpão de rações transgênicas, cortaram seis metros da encosta de um morro sem qualquer avaliação de impacto ambiental, e abrangem uma área de 20 mil metros quadrados em frente ao bairro Demétria. As obras vêm atraindo a atenção de outros investidores industriais que se mostram interessados em comprar áreas na região, iniciando um processo de especulação imobiliária que ameaça a vocação preservacionista do local e avilta os objetivos acordados entre vários municípios para o Polo Cuesta, razão pela qual os autores do abaixo-assinado vêm recebendo manifestações de apoio de moradores de municípios vizinhos a Botucatu. 

Em resposta à solicitação de congelamento da área, o prefeito João Cury  respondeu que até o final deste mês deverá apresentar minuta de decreto, estando aberto para sugestões. Sobre o embargo, o prefeito respondeu que seus assessores continuam não vendo amparo legal para embargar a obra uma vez que o Plano Diretor, apesar de legitimado pela Lei Complementar 0483, de 06.06.07, ainda não foi regulamentado. Por este motivo ele diz acreditar que qualquer decisão no sentido do embargo seria uma questão de improbidade administrativa. Entretanto, o artigo 52 do Estatuto da Cidade é muito claro ao dizer que o prefeito pode ser julgado por improbidade administrativa caso o prazo para a legitimação do Plano não seja atendido, o que pode, dependendo do resultado do julgamento, levar prefeitos e/ou vereadores à perda de mandato. Se o prefeito pode ser julgado por improbidade administrativa por faltar com o prazo para legitimação do Plano, pode-se deduzir que o não cumprimento do disposto no plano diretor já legalizado seria um motivo ainda maior para que seja julgado por improbidade administrativa - e não o contrário!

Fonte: www.bairrodemetria.com.br

Em dois anos Botucatu cai 178 posições no ranking do "Município Verde"

"O  ranking anual de Município Verde é organizado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. De acordo com o órgão, a cidade de Botucatu despencou 148 posições entre 2008 e 2010. No primeiro ano de avaliação do projeto (2008), a cidade era a 22º colocada. Em 2009 caiu para 78º e em 2010 para a 200ª posição. Nesse período, a nota caiu de 85,47 para 71,87.

O que é o Município Verde - O governo de São Paulo lançou em 2007 o “Município Verde”, um projeto ambiental inovador. O objetivo é descentralizar a política ambiental, ganhando eficiência na gestão ambiental e valorizando a base da sociedade.

A adesão de todos os 645 municípios do Estado de São Paulo ao Projeto Município Verde Azul se deu a partir da assinatura de um “Protocolo de Intenções” que propõe 10 Diretivas Ambientais que abordam questões ambientais prioritárias a serem desenvolvidas. Assim é estabelecida a parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente que orienta, segundo critérios específicos a serem avaliados ano a ano, quais as ações necessárias para que o município seja certificado como “Município Verde Azul”.

As 10 Diretivas são: Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação da Mata Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Habitação Sustentável, Uso da Água, Poluição do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio Ambiente, onde os municípios concentram os seus esforços na construção de uma agenda ambiental efetiva.

Quer ver o ranking completo? http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverdeazul/evolucao-2008-2010.pdf "

Fonte:  Blog  Trincheira do Facioli